Entenda os diferentes tipos de fundação e em quais casos cada um é recomendado!

Entenda os diferentes tipos de fundação e em quais casos cada um é recomendado!

A construção civil é uma indústria que vem evoluindo em suas técnicas gradualmente e permitindo que as obras tornem-se mais ágeis, seguras e com a qualidade ainda melhor.

Um dos campos que mais evoluíram foi o das fundações. Atualmente, existem várias técnicas que possibilitam, por meio de estudos de viabilidade, que seja escolhida qual a melhor opção, inclusive financeiramente.

Saiba mais sobre os diferentes tipos de fundação, além de saber o que deve ser levado em consideração na escolha e qual a importância de um estudo preliminar rigoroso. Continue lendo!

Quais são os diferentes tipos de fundação?

As fundações são a etapa inicial da obra (depois da construção do canteiro de obras e de todas as instalações necessárias), responsáveis por distribuir as cargas da construção para o solo.

As cargas interferem na escolha do tipo de fundação, pois cada construção pode ter diferentes combinações de cargas positivas e negativas, sejam elas horizontais ou verticais.

É importante mencionar, desde já, que o preço nunca pode ser o único ponto a ser considerado durante a escolha de qual é o melhor tipo de fundação para uma construção. A segurança sempre deve vir em primeiro lugar, além de outros fatores, que falaremos mais à frente.

Os diversos tipos de fundações permitem construções mais seguras e econômicas, cada uma à sua maneira.

Apesar da mesma função, as fundações têm variados tempos de construção, complexidade, materiais e também uso de ferramentas e maquinário. Separamos alguns dos tipos mais utilizados, continue a leitura para conhecê-los!

Fundações rasas

As fundações rasas são utilizadas em construções menores, em que a carga pode ser distribuída no solo mais próximo à superfície. Geralmente, a profundidade das fundações rasas não passam de 3 m.

Por isso, são mais simples e não exigem maquinário, podendo ser escavadas manualmente, assim como todo o processo de fundação. Ou seja, todo o processo pode ser realizado sem necessidade de algum tipo de máquina.

Com relação ao material, as fundações rasas são feitas de concreto armado — na maioria dos casos. O que varia entre elas são tamanho, formato e claro, sua indicação. As mais comuns são 3: sapata, bloco de fundação e radier.

Sapatas

As sapatas são indicadas para os casos em que o solo superficial é firme e com boa resistência, já que são um tipo de fundação para cargas baixas ou médias. Com elas, o peso da estrutura é distribuído pelo concreto armado para o solo, sendo a maior parte da carga sustentada pela armadura.

Com relação ao formato, elas podem ser quadradas, retangulares ou trapezoidais, dependendo da indicação do cálculo. Elas também podem ser divididas entre: isoladas, corridas, associadas ou alavancadas.

Blocos de fundação

Os blocos de fundação não usam armadura em sua composição, o que já representa uma economia de custo e tempo. Entretanto, são utilizadas nos casos de construções de pequeno porte e carga baixa, realizadas em um solo de boa resistência.

Radier

O radier também é um tipo de fundação mais econômico, mesmo usando a armadura no concreto. Isso porque, seu formato é uma placa que percorre toda a área da construção, é mais rápido de ser feito e com menor custo de mão de obra.

O radier é mais indicado para construções em terrenos com características argilosas, desde que seja uma construção de pequeno porte e baixa carga.

Fundações profundas

As fundações profundas são aquelas utilizadas em construções de grande porte, como prédios residenciais, shoppings e hospitais. Por necessitar de escavações maiores do que 3 metros, precisam de maquinário, além de mão de obra especializada.

As cargas são mais complexas, pois geralmente há esforços horizontais, como a carga de vento e, por isso, precisam de melhor estudo de viabilidade sobre qual tipo escolher.

As fundações profundas também podem ser realizadas em cargas menores e mais simples, desde que o terreno não seja favorável — de baixa resistência —. Entretanto, são casos mais raros, pois os custos de uma fundação profunda são consideravelmente mais altos.

Continue a leitura para conhecer os tipos de fundação profunda mais usados!

Tubulões

Os tubulões são feitos de aço ou concreto, a depender da escolha do calculista e das condições do solo e da estrutura. Os tubulões podem ser feitos a céu aberto ou feitos de ar comprimido, o que exige mais segurança e tecnologia.

Com relação à estrutura, os tubulões a céu aberto são colocados em escavações abertas no formato de poços. Geralmente, os tubulões a céu aberto são indicados em construções em que a carga será distribuída acima do lençol freático.

Já os tubulões a ar comprimido podem ser realizados abaixo do lençol freático, até o limite máximo de 34 metros, pois há riscos com relação à compressão e a estrutura fica menos segura.

Estacas

As estacas são indicadas para construções em que o solo tem baixa resistência e é necessário alcançar solos mais profundos para ter a resistência necessária. Um exemplo são os aterros ou solos muito próximos à água, em áreas argilosas.

É executado exclusivamente com o uso de maquinários e equipamentos, além de mão de obra mais especializada. Com relação ao material, há diversas opções: aço, madeira, concreto ou mesmo composições mistas. Sua distribuição de cargas é feita por atrito lateral.

Estaca broca

Apesar de ser uma estaca, as estacas brocas têm uma tecnologia especial, já que são feitas in loco, por meio da concretagem submersa.

Caixão

Os caixões podem ser construídos na superfície e inseridos no solo por escavação até a altura definida em projeto. Eles podem ter a base alargada ou não, dependendo do caso.

O que avaliar na hora de escolher qual o melhor tipo?

A escolha de qual o melhor tipo de fundação, depende de alguns fatores. Como já comentamos, a segurança deve ser sempre o critério principal.

Depois, devem ser avaliadas a composição da estrutura e das condições ambientais, para definir qual o tipo que oferece mais segurança, com menor custo e menor tempo de execução.

Em resumo, os outros fatores são:

  • carga da estrutura;
  • composição das cargas (horizontais e verticais, positivas e negativas);
  • nível do lençol freático no solo;
  • geotécnica do solo (resistência e composição);
  • custos de construção;
  • tempo de execução;
  • condições climáticas.

Qual a importância de fazer uma boa avaliação para tomar a decisão?

É fundamental fazer uma avaliação, com a ajuda de especialistas da área, como engenheiros de fundações e geotécnicos, para elaborar um laudo técnico e escolher o melhor tipo de fundação para a construção.

As visitas in loco e a colheita de amostras do solo, realizadas de forma técnica, ajudam a compreender como o solo reagirá às cargas e com isso, eliminar possíveis surpresas, que podem atrasar o fluxo de trabalho ou mesmo torná-la inviável, necessitando de um novo projeto.

As perdas nos custos encarecem a obra e geram muitos atrasos, uma vez que a primeira etapa da construção é a fundação. É preciso, portanto, ter um olhar atento para as fundações ainda na etapa de planejamento.

Gostou deste post? Como as fundações são importantes para o gerenciamento de custos, separamos um artigo especial que explica outras razões para você fazê-lo!

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