Como um subfaturamento de obra pode virar um superfaturamento?
Você sabe qual é a diferença entre superfaturamento e subfaturamento de obra? Uma obra superfaturada é aquela cujo orçamento está acima do valor de mercado — ou seja, paga-se mais caro por ela do que se deveria pagar. Por outro lado, o orçamento de uma obra subfaturada é menor, mais barato do que o valor normal esperado de mercado.
Grosso modo, as empresas tendem a fazer orçamentos bastante enxutos para suas obras quando concorrem a uma licitação ou quando precisam fazer trabalhos urgentes, mas não contam com recursos financeiros suficientes para eles no momento.
Contudo, subestimar assim o preço total visando economizar dinheiro é um grande erro. Durante a construção, a baixa disponibilidade de recursos acaba gerando novos problemas e demandas, o que, muitas vezes, pode aumentar bastante o valor inicial previsto.
Uma má gestão resulta em atrasos, investimentos mal aplicados e dificuldades de término de projetos por falta de capital. Logo, uma obra subfaturada pode se tornar superfaturada por não prever todos os recursos necessários ao seu bom desenvolvimento.
E você só pode evitar esse tipo de situação se contar com um bom gerenciamento das finanças e do tempo. Por isso, neste post separamos 5 dicas para melhorar seu planejamento, para você não ser mais pego de surpresa com gastos e atrasos que prejudicam a sua obra e a sua imagem profissional.
Continue lendo e confira!
Integre profissionais de vários setores para a definição do orçamento
Não incluir todos os departamentos profissionais relacionados à obra na hora de elaborar o orçamento é um erro bastante comum, e que pode levar tanto ao seu sobrepreço quanto ao seu subpreço.
O custo geral da obra deve ser completamente definido antes do seu início. E, para tanto, é necessário considerar todas as suas etapas, e tê-las totalmente planejadas antes do começo dos trabalhos.
É preciso ter em mente que qualquer construção integra empresas e profissionais das mais diversas áreas, como engenharia, arquitetura, contabilidade, fornecedores de materiais.
Um engenheiro sozinho não pode prever os custos dos materiais de acabamento da mesma forma que um arquiteto. Da mesma forma, um arquiteto não deve orçar os materiais da fundação, pois tem menos conhecimentos do que o engenheiro para essa tarefa.
Por isso, a definição do orçamento deve considerar todos os segmentos envolvidos no projeto. Cada especialista conhecerá os materiais, equipamentos, suprimentos, trabalhadores e horas necessárias para cada atividade já definida.
Os especialistas, assim, escolherão não apenas o item mais barato ou o prestador de serviço mais em conta disponível no mercado. Eles deverão analisar o melhor custo-benefício, o produto de maior qualidade e o prestador de maior competência profissional para realizar os trabalhos.
Além disso, é importante que esse orçamento generalizado considere os custos de antes, durante e depois da obra. E custos de manutenção também devem ser incluídos.
Faça uma especialização em gestão de obras
A educação continuada em arquitetura, engenharia e construção civil é uma boa aliada dos profissionais que almejam melhorar seu desempenho nos projetos. Afinal, adquirir novos conhecimentos pode ser um ótimo caminho para gerir o tempo e os recursos de uma obra de forma cada vez mais eficiente e econômica.
Existem inúmeras opções de capacitação que podem te ajudar a alavancar sua carreira e entregar resultados mais sólidos e coerentes para sua empresa. No ramo da engenharia de custos e da gestão de projetos, por exemplo, estão disponíveis cursos de pós-graduação e MBA, e também cursos de menor duração.
De toda forma, investir em capacitação é um dos métodos mais efetivos de agregar valor aos produtos e serviços oferecidos pela construtora.
Faça um planejamento financeiro e evite o superfaturamento de obra
Uma ferramenta extremamente útil no planejamento dos gastos de uma obra é o Cronograma Físico-Financeiro. Ele é criado a partir da predefinição dos valores e das atividades, e organiza os custos de cada fase do projeto separadamente, verificando se eles estarão disponíveis no momento certo e se os prazos serão cumpridos como desejado.
Essa metodologia permite que todos os trabalhadores acompanhem o cronograma e o orçamento no decorrer da obra. Pode-se ter uma visão geral de um mês inteiro, por exemplo, ou uma visão mais detalhada de um único dia. Sua visualização é de simples entendimento.
Assim, o Cronograma Físico-Financeiro ajuda a ter maior previsibilidade de despesas, evitando o subfaturamento ou um superfaturamento causado por uma programação mal feita ou por um descontrole das contas.
Depois da fase de definição do orçamento, essa é a metodologia ideal para acompanhar o desenrolar da obra e garantir que ela esteja seguindo os planos.
Motive seus funcionários
Na construção civil, você lidará com profissionais de alta e baixa instrução. Mas, independentemente do cargo que eles ocupem, a manutenção de um bom ambiente de trabalho, com bons relacionamentos sociais, salubridade e segurança, sempre gera maior comprometimento e eficiência no cumprimento de metas e prazos.
Você pode achar que investir em um programa de qualidade de vida no ambiente de trabalho deixará seu orçamento total ainda mais caro, mas isso é um engano.
Isso porque funcionários desmotivados trabalham mais devagar, e são menos caprichosos e empenhados. Já funcionários motivados, de modo geral, executam suas tarefas com muito mais competência e profissionalismo.
Além disso, funcionários que trabalham mais satisfeitos têm menos problemas de saúde, entregam menos atestados médicos, faltam menos vezes e aumentam a produtividade do grupo.
Avalie os resultados
Por fim, após a adoção desses métodos de controle de gastos, é importante avaliar a sua efetividade. Essa avaliação garante a melhoria contínua dos processos dentro da empresa e, caso seja constatado que as estratégias adotadas não foram muito produtivas, é a hora de remodelá-las e testá-las novamente.
Nesse sentido, um método de avaliação de resultados amplamente utilizado na administração de projetos é o PDCA (do inglês “Plan, Do, Check, Act”, ou seja, planejar, fazer, checar, agir).
Seja como for, existem inúmeros métodos de avaliação de resultados. Então, encontre o que se adapta melhor ao seu negócio! Usando essas dicas de boa gestão de obras e se aprofundando ainda mais no assunto, você poderá diminuir os custos do seu projeto em até 20%!
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