O jogo como negócio: novas oportunidades para formados em MBA

A indústria global dos videogames continua crescendo. A previsão é que alcance 209 bilhões de dólares em 2025, superando as receitas combinadas do cinema e da música. Segundo Nick Button-Brown, ex-presidente do comitê de jogos da BAFTA, isso é apenas o começo.

Button-Brown, formado pela London Business School (LBS), acredita que a indústria dos jogos continuará se desenvolvendo no mundo todo. As novas gerações estão cada vez mais envolvidas com os games, sejam eles Candy Crush Saga ou Fortnite.

“Nos próximos 40 anos, os jogos serão tão populares quanto o cinema”, afirma. “Enquanto o cinema existe há muito tempo — até pessoas com 80 anos cresceram com os filmes — os jogos ainda estão no começo da jornada. Na minha geração, os games não eram um passatempo de massa, mas para as crianças de hoje, eles já fazem parte da vida. A China, por exemplo, já está se tornando o maior mercado de jogos do mundo.”

David Jackson, estudante de MBA na LBS e fundador da equipe de eSports da escola, concorda. Ele acredita que, à medida que o setor evolui, as empresas de jogos estão cada vez mais abertas a receber formados em escolas de negócios.

Isso acontece não apenas no desenvolvimento de videogames clássicos, mas também na indústria de iGaming. Pragmatic Play e Play’n GO contratam ativamente graduados de MBA. São empresas de ponta, cujos jogos podem ser encontrados em diversos cassinos online em quase todos os continentes. Eles são especialmente populares na América do Sul — não só no Brasil, mas também na Argentina, no Uruguai e no Chile. Segundo a Respin Chile, os jogos desses provedores estão presentes nos cassinos online mais populares do país. O que os tornou tão requisitados é o alto nível de qualidade e o time de profissionais qualificados.

“Os modelos de negócio dos eSports e dos videogames estão cada vez mais complexos”, afirma Jackson. “Antes, tudo girava em torno dos desenvolvedores, mas agora há uma demanda crescente por especialistas em desenvolvimento de negócios e gestão de produtos. O mais importante é demonstrar verdadeira paixão pelos jogos. Comunidades como a nossa na LBS ajudam os estudantes a entrar nesse mercado.”

A comunidade de jogos da LBS foi criada em 2018. Ela reúne estudantes que discutem notícias da indústria, participam de torneios de eSports e interagem com líderes do setor. Por exemplo, o próprio Button-Brown conversou recentemente com os alunos.

Jackson colabora ativamente com empresas de jogos para que considerem os formados da LBS nos processos de contratação. Alguns estudantes já fizeram estágio na King, criadora de jogos populares para celular como Candy Crush Saga e Farm Heroes Saga.

Para quem não deseja trabalhar em grandes empresas, existe a possibilidade de criar sua própria startup. Por exemplo, Tara Reddy, formada em Administração pela LBS, foi recentemente incluída na lista das 100 mulheres mais influentes em tecnologia graças à sua empresa LoveShark, que desenvolve aplicativos de realidade aumentada. Seu projeto recebeu investimento de Button-Brown.

O futuro da indústria dos videogames, segundo Button-Brown, está ligado às tecnologias de realidade mista, nas quais os mundos real e virtual se fundem. Ele também prevê o surgimento de mundos virtuais totalmente imersivos, como no filme Ready Player One, e jogos cinematográficos interativos nos quais o público influencia o enredo.

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